sábado, 26 de outubro de 2013

Pequeno Balanço

Já se vão aí uns bons 4 meses desde a última postagem.

Eu tenho uma novidade "show de bola" pra contar, mas antes queria fazer um pequeno balanço de coisas legais que fiz aqui na China e acabei não registrando por escassez de tempo, dificuldades em função da péssima conexão com a Internet ou até por falta de interesse dos leitores - inclusive o chinês que escravizei e mantenho à base de um rolinho primavera e dois copos d'água por dia.

Bom, depois desse post aí embaixo, a primeira coisa legal que fiz foi dar um pulo em Zhaoqing.

Fui de busão e conheci a "Seven Star Crest": é um conjunto de 7 picos ao redor de um lago. Os picos tem o mesmo formato da Ursa Maior. Na minha opinião o ponto alto daqui foi atirar de arco e flecha! Dei muito valor! :)



Poucas semanas depois, passei 4 dias em Hong Kong. Finalmente conheci Lan Kwai Fong: é o equivalente à rua do Salsa ali em Natal. Fiz amizade com um grupo de chineses, tomei uma cana GIGANTE, fumei narguile e terminei a noite numa boate - mas nem curti essa última parte tanto... Tava tocando Hip Hop, que não é meu gênero musical favorito.

Outra parada show de bola foi o rolé que dei no Aqualuna. É um jeito muito legal de curtir o visual, rola uma música lounge massa!

[vou ficar devendo fotos, a conexão tá péssima]

Rolou ainda um fim de semana em Shenzhen. Precisei visitar um fornecedor por lá e acabei tendo que estender minha estadia devido a um pequeno problema na produção. Aproveitei pra dar um rolé de bicicleta tandem e visitar um parque de diversões e até um parque aquático... Foi show :)

Ah, estive também em Guangzhou... Fui a um restaurante brasileiro tentar adicionar alguma proteína à minha alimentação! :)

Resumindo, nesses últimos meses dei alguns pequenos rolés aqui pela província de Guangdong. Pronto, fim do balanço. Vamos à novidade.

Aliás, vou fazer igual ao João Kleber no teste de fidelidade. Falo sobre a novidade no próximo post! Mwuahahahahahaha.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Viagem para Hong Kong - Dia #2

Bom, para esse dia havia planejado assistir o Dragonboat Racing Festival. Infelizmente, apesar do Dave do Hong Kong How It Is ter me enviado um e-mail informando os dados de contato dele e onde ele estaria, passei batido.

Passei boa parte da manhã no Hotel aproveitando a conexão show de bola da internet para colocar os papos em dia com quem estava online.

Aproveitei para dar uma olhada nos eletrônicos num pequeno shopping próximo ao meu hotel. "Shopping" é um jeito bem carinhoso de falar, porque aquilo é uma mistura de 25 de março com o camelódramo de Natal. Mesmo assim, tem TUDO que você quiser.

Aqui eu cometi um pequeno erro: comprei vários produtos, mas não pechinchei o suficiente. No final das contas, paguei menos do que pagaria no Brasil (afinal, aqui não existem impostos) - mas, com certeza, poderia ter pago ainda menos. Fica a dica pra quem vier a Hong Kong fazer compras: se você não estiver em nenhum loja de grife, chore! Pode fazer o "mimimi" do mundo todo.

Nessas alturas, meu estômago já estava roncando. Resolvi dar uma chance a um App que baixei há algum tempo o TripAdvisor. Basicamente, ela baixa mapas, fotos, itinerários e informações das maiores cidades do mundo e disponibiliza para que você use em modo offline. Busquei pelos "melhores restaurantes nas proximidades" e localizei um restaurante mexicano chamado "Agave". A bússula do App me sacaneou um bocado... Mas para um corredor de aventura, tudo é uma questão de "bater PCs".

No caminho, Wan Chai revelou uma nova cara: eu via este bairro como um grande centro empresarial, mas agora passei a perceber um lado bem mais boêmio - com diversos bares, boates, casas de massagens e algumas prostitutas. Sabe como é, lá em Hong Kong o espaço é escasso, então eles acabam juntando tudo: notei cabarés que eram parede-com-parede com concessionárias da Lamborghini e Jaguar.

No restaurante, o almoço foram Tacos com Dos Équis (XX) - que delícia, cara!

Voltei no hotel, vesti a camisa da seleção e fui turistar mais um pouco: minha nova meta era o Victoria Peak. Há basicamente duas maneiras de subir: via bondinho (Tram) ou de busão. Os guias e blogs que consultei anteriormente eram unânimes em sugerir a subida de ônibus - o preço é menor e o visual é mais massa!
Ao descer do metrô na estação Central, enquanto me deslocava em direção à parada fui abordado por uma moça bem sorridente que reparou na minha roupa: seu nome era Ana Carolina. Era brasileira, morava nos EUA e estava em Hong Kong fazendo um estágio do seu mestrado. Fiquei pasmo, porque ela parecia jovem o suficiente para estar nos primeiros anos de faculdade.

A gente marcou de jantar junto (ela encontraria mais 2 amigos estrangeiros naquela noite), mas esse foi meu segundo desencontro da viagem: ela me localizou no skype mas aparentemente esqueceu de me adicionar. :(

Eis que a subida para o pico foi show! A vista, sensacional! Dei um passeio num shopping lá e comi num restaurante Vietnamita chamado Pho Yummee. Crepe de camarão com broto de feijão e vitamina de abacate. E na hora da descida, enquanto havia uma fila de pelo menos 300 pessoas para descer via Tram, eu simplesmente fui o primeiro a embarcar num ônibus que desceu a montanha praticamente vazio. Do pico, voltei direto para o Hotel.

Eram umas nove da noite e não estava nem um pouco propenso a dormir. Resolvi dar um pulo no Agave denovo e tomar umas geladas com um bom tira-gosto mexicano.


Lá conheci um rapaz (seria "rapaz" o termo adequado?!) e duas moças da Australia. Conversamos um pouco e eles partiram em direção a outro bar enquanto eu voltei para o Hotel, sabendo que na manhã seguinte partiria de volta para Foshan.

Acaba aí minha aventura em Hong Kong. Infelizmente, os problemas para upar fotos persistem. Dessa vez, não consegui postar nenhuma. :(

Próximo mês devo voltar, mas dessa vez a negócios. Ainda assim, vou tentar dar um pulo em alguma atração em Causeway Bay, assistir o Symphony of Lights e, quem sabe conhecer a Avenue of Stars. ;D

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Viagem para Hong Kong - Dia #1

Como prometido, seguem abaixo relatos da minha viagem:
Foshan, 11 de junho de 2013.
Tempo chuvoso com temperatura na casa dos 26 graus (Celsius).

O ônibus (shuttle) chegou no horário previsto.
Headphones ligados e foi só curtir uma música legal por aproximadamente uma hora até o porto de Shunde.





No porto, rápida passagem pela imigração chinesa para receber o carimbo de "saída" no passaporte. O ferryboat (Shun Shui), de origem australiana, já estava a nossa espera. Embarquei e ví que tinha cometido um pequeno erro quando da reserva do meu assento: o número que escolhi não tinha janela. Todavia - aqui está a vantagem de ir na primeira classe - haviam várias espaços vazios e eu me acomodei num lugar de acordo com minhas preferências.

A viagem foi bem tranquila, aproximadamente duas horas até o terminal em Tsim Sha Tui. Dessa vez, devido ao tempo mais chuvoso e com bastante vento, o Ferry sacodiu um bocado quando saímos do trecho fluvial e chegamos no mar. Uma senhora não aguentou o tranco e chamou Hugo nos últimos 30 minutos do trajeto ... O que era bem previsível, já que tinha um monte de gente enchendo a pança de sopa, macarrão, milho e comidas apimentadas (pelo menos imagino que fossem, devido ao forte cheiro de temperos que senti).

Chegando em Kowloon, passei pela imagração de Hong Kong e peguei o Star Ferry que, apesar de ser um dos meios de transporte mais comuns, carrega muitas histórias e um ar de ponto turístico por está ativo há mais de meio século.

Ao atravessar o Victoria Harbour, já estava em Wan Chai. Aí foi só fazer check-in e ir no quarto curtir uma vista CABULOSA. Por mim, aqui a viagem já tinha valido à pena. A partir daí, é só lucro!



Me organizei e fui almoçar pizza e cerveja! O que mais uma criatura quer da vida? Hahahahaha.

Depois disso foram só compras lá em Causeway Bay, na região da Time Square de Hong Kong. Fiquei dando uma de "Sheep na Cidade Grande" até a hora do jantar no Outback. Lá tomei mais algumas brejas, comi umas costelinhas fenomenais e troquei um lero com um grupo de locais, pedindo algumas dicas do que fazer no dia seguinte.

Ainda no mesmo dia, falei o Dave do Hong Kong How It Is para tentar combinar de vermos o Dragonboat Race Festival juntos, mas acabamos nos desencontrando. :(

[Fim do dia 1]

P.S.: Eu tenho várias outras fotos, mas o servidor tá de fuleragem comigo. Vou tentar dar um update nesse mesmo post mais tarde. :)

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Viagem para Hong Kong

Olá, galera.

Finalmente esse blog vai passar a cumprir seu dever e tomar cara de um Diário de Viagem. Estou planejando uma passada rápida por Hong Kong no dia 12/06/2013.

Se você quer saber um pouco mais sobre Hong Kong, recomendo os links abaixo:


Pretendo sair daqui do distrito de Changcheng num shuttle que me deixará no porto de ferryboat do distrito de Shunde. De lá, navegarei até Tsim Sha Tui do lado de Kowloon (já em Hong Kong)  e tomarei um outro ferry até o outro lado do Victoria Harbour (chegando à ilha de Hong Kong propriamente dita) para desembarcar em Wan Chai, onde ficarei hospedado.

O trecho Changcheng - Tsim Sha Tui me custou 185,00 RMB embarcando na primeira classe do ferry. A diferença para a classe econômica é de apenas 80,00 RMB o que dá na faixa de uns R$ 30,00. 

Se você achou complicado de entender o itinerário, talvez os links abaixo possam situar-lhe um pouco melhor:

Foshan na Wikipedia: Aqui há um mapa dos 5 distritos da cidade.
Foshan no GoogleMaps:

Exibir mapa ampliado
Hong Kong no GoogleMaps:

Exibir mapa ampliado

Finalmente, estou acatando sugestões de itinerários e programas de vocês, queridos leitores. Sintam-se à vontade para postá-las aí abaixo nos comentários.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Mistérios Chineses

No Brasil, durante algum tempo, era eu que fazia a feira lá de casa.

De tanto repetir a tarefa, você acaba aprendendo alguns "life hacks": nesse caso específico observei que na maioria das vezes embalagens maiores ou com um volume superior do produto acabam por baixar o preço final do item.

Essa regra funcionava para a maioria dos produtos: sabão em pó, detergente e demais produtos de limpeza, alimentos, água, refrigerantes e etc.

Bom, hoje notei que aqui na China a lógica não é bem por aí.

Reparem na foto abaixo:

À esquerda, embalagem de 6L de água custando 16,50 RMB;
À direita, embalagem de 5L de água custando 11,50 RMB.

Se você dividir o preço pela quantidade de litros, verá que no 1o caso o litro de água custa 2,75 RMB enquanto na embalagem de 5L o valor por litro de água é de 2,30 RMB.

Bizonho, né?
É… A pessoa ficar fazendo essas contas no supermercado é meio medonho… 
Talvez eu tenha algum tipo de T.O.C. - ou então eu sou sovina mesmo, sei lá … 

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Ira do Super Saiyajin 3


Hoje quero compartilhar com vocês um mini-infarto que tive.
Pela manhã, bem cedo, recebi uma ligação num telefone funcional que tenho aqui e uso pouquíssimo - na verdade, ele fica à disposição do meu chefe.

Inicialmente, pensei se tratar de um engano, mas ao ouvir seu nome pronunciado com um sotaque tipicamente chinês mudei instantaneamente de idéia.

Numa conversa completamente truncada, entendi o nome da figura e que queria me ver. Depois de desligar o telefone e matutar por algum tempo liguei o nome à pessoa: tratava-se do marido da dona do apartamento onde resido atualmente.

Aí consegui ligar os pontos: ele certamente queria saber em qual horário eu estava em casa para substituir minha TV defeituosa (eu havia conversado sobre isso com a mulher dele há pouco menos de uma semana). Pouco tempo depois liguei para informar que estaria em casa no período da tarde e ele informou que mandaria um colega do trabalho.

Aproximadamente às 14:30, chegam 3 pessoas batendo à minha porta: 2 homens e 1 mulher - sem nenhuma TV. Um dos homens se dirige instantaneamente ao televisor e eu o sigo apresentando o controle remoto e apertando todos os botões inoperantes.

O rapaz me mostrou o compartimento de pilhas indicando que aquela poderia ser a causa do problema: eu não só substitui as danadas imediatamente por um par de novas que se encontravam numa caixa lacrada como mostrei que os botões da própria TV não funcionavam.

Nesse momento, me dei conta de que o casal não estava conosco: eles haviam aberto as portas de todos os cômodos e, simplesmente, tirado fotos dos departamentos com boa parte dos meus pertences neles - sem qualquer consentimento prévio de minha parte…

Pausa dramática.

Meu amigo, pra quem assistiu esse vídeo aqui, o desespero chega ligeiro! Eu fiquei doido, puto, revoltado, com a ira do Super Saiyajin 3!!!!!!! Ainda com todos na casa, escrevi o seguinte e-mail:

Dear X,

Y has actually rung me today and I scheduled a time and stayed home waiting for the new TV.

One of Y's colleagues showed up with a couple and tried to fix the TV.
While he was dealing with the TV, the couple has entered the rooms and taken many pictures without my previous authorization.

I'd like you to know that I'm not comfortable with that for two main reasons:

1) I feel like my privacy has been broken, since I have personal belongings in the rooms;
2) We have a one-year-contract and I don't expect uninvited guests checking the house until the contract is due. If there's some urgent matter that needs people that I don't know checking the house, I am to be previously advised on the reason of the visit - so I will schedule some time.

I'm not sure if this is some kind of common costume here, but this was very inconvenient for me. I feel very disturbed and don't want it to happen again - ever.

Thanks a lot for your comprehension.

Best Regards,

A seguir, o rapaz que estava olhando a TV disse algo como "Tá quebrada mesmo, vou trazer outra". Os três se retiraram para, acreditava eu, finalmente trazer o novo aparelho… Aguardo o retorno deles (e a chegada da nova TV) até agora.

Em coisa de meia-hora a próprietária me liga pedindo desculpas pelo ocorrido e explicando que as pessoas eram do Banco: o marido dela solicitara um empréstimo e o imóvel era a garantia. Segundo ela, ele tentou me avisar do que ocorreria mas, devido à barreira da língua, não nos entendemos. Ah, e a TV foi comprada pela internet e chega na próxima semana… 

Muito doido. São muitas emoções.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Tentativa de Delícia #2.1 - Nota complementar

Se você quer saber um pouco mais sobre a culinária da província de Sichuan, eu recomendo esse episódio do programa Bizarre Foods, apresentado por Andrew Zimmern:

Até a próxima ;D

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Tentativa de Delícia #2 - A culinária de Sichuan


Olá galera! Como de costume, desculpem o desaparecimento… Ando deveras atarefado.

Direto ao assunto: hoje, após o fim do segundo expediente, fui convidado por uma colega chinesa a provar uma culinária mais apimentada. Ela é da província de Jiangxu e eles curtem uma parada mais picante por lá.

Acabamos indo parar num restaurante da província de Sichuan, que é famosa no mundo inteiro pela comida EXTREMAMENTE apimentada.


 



Comi camarões, bolinhos de ovas de siri, filhotes de lula e alguns vegetais à moda de Sichuan (com pimenta, muita pimenta). Vem tudo numa panela só que fica posicionada no meio da mesa para que todos possam se servir.

Eu gosto de pimenta. Curto dar uma temperadinha no feijão com arroz de todo dia com uma Tabasco de leve e tal… Mas, cara, nunca comi nada tão apimentado na minha vida inteira - principalmente se levar em consideração a quantidade que eu ingeri.

Eu estava com muita, muita, muita fome.

A impressão que dá é que a comida seria muuuuuito gostosa com pouca pimenta; só que eles não querem que as pessoas comam muito. Aí eles atocham de coisas picantes até o ato de comer deixar de ser prazeroso.

Pra tentar aliviar o ardor e diminuir a sudorese (ao fim da refeição contei, foram 13 lencinhos de papel só pra secar o rosto) eu derrubei uns 3 copos de chá, uma garrafa de cerveja, uma latinha de coca-cola e 2 tigelas de arroz. Ainda assim, meus lábios, língua, dentes... Tudo ficou dormente.


Enquanto eu comia (e transpirava), fui mordido por um pernilongo. Eu sou um pouco alérgico a esses bichos e minha mão começou a ficar vermelha e coçar bastante. Eu continuei comendo e aproveitando para desfrutar da palidez e dos olhos esbugalhados da minha colega que achava que aquilo era uma reação ao tempero. Hahahahahaha.

No fim das contas, tirando o fato de suar feito um porco no abate, comi pra caramba, mesmo pensando que ia derreter em seguida. A minha dica pra você leitor é: se você tem hemorróidas, passe longe de Sichuan. Afinal, como dizia Confúcio: "Quem tem c*, tem medo".

Ao retornar para o terceiro expediente, a minha colega chinesa disse que é melhor eu me cuidar essa noite porque ela está preocupada com a reação do meu estômago à essa refeição tão… Exuberante.

Fun Fact: A ardência da pimenta é causada pela piperina. Aprendi com meu amigo Fernando que vai tocar o terror na pé-de-poeira esse FDS com Shayne "máquina do sexo", Alexboy e toda a calangagem!. :)

sábado, 4 de maio de 2013

Rapidinha


Essa aconteceu no mesmo dia da festa do post anterior.

Estava eu indo ao banheiro da boate pra dar aquela mijada que já estava sendo segurada há quase uma hora. Me posiciono de fronte ao mictório, abro o zíper e quando começo a urinar sinto uma toalinha quente no meu pescoço.

Sem parar o que estava fazendo (eu tava muuuuito apertado), olhei de lado pra ver o que diabos estava acontecendo: um jovem rapaz claramente identificado como funcionário da boate me fez um sinal de positivo com a cabeça e começou a massagear meus ombros. Fiquei logo tenso, sabe-se lá o que diabos acontece nas boates aqui…

Sem falar que, pelo menos para mim, esse é um momento muito íntimo…  Não quero ninguém me massageando, não. O camarada ainda estalou meu pescoço para um lado - crack! - e depois para o outro - crack!

Em seguida, deslocou-se em direção à pia - ainda bem, porque nessas alturas eu já estava pensando que ele ia querer balançar! - e fez menção de que me auxiliaria na assepsia das mãos.

Pelo serviço me foram cobrados 10,00 RMB - o equivalente a R$ 4,00.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Balada na China: Bozó e gan-bei!


Me falaram que eu tenho reclamado muito nos últimos posts. De fato, eu acredito que as más experiências são chocantes e acabam sendo assimiladas mais rapidamente.

Mas, contudo, entretanto, todavia, para deixar bem claro que EU GOSTO da China, vamos falar de coisas mais amenas:

No fim de semana fui convidado por um dos nossos parceiros comerciais para jantarmos e, em seguida, irmos até o GRAMMY BAR.

Já na hora da refeição a galera começou a empurrar Heineken goela abaixo. Tenho a impressão que eles querem descer cana nos gringos pra deixar a gente super-feliz ou algo assim.

Bom, só no jantar consumimos 24 garrafinhas de Heineken (apenas quatro pessoas bebendo). Além dos brindes - nesses momentos, eles gritam "gan-bei" que equivale ao "bottoms-up" do inglês (ou nosso famoso "vira!") -, eles jogam um bozó de leve sempre que há bebida na mesa. Eis que eles sempre se lascam na minha mão, porque além de ser bom de jogo, eu agüento muuuuito mais cana do que eles. Especificamente dessa vez, eu lhes apresentei a nossa famosa "porrinha". Resultado: quando chegamos na boate os chineses já estavam destruídos!

Jogaram mais algumas rodadas comigo (algumas bebendo Budweiser, outras bebendo Absolut) e acabaram apagados no sofá.

A balada aqui é muito legal em termos de estrutura e música. Estou até colocando uns vídeos aqui pra vocês terem alguma idéia do que estou falando:


Retomando, embora rolem essas performances ao vivo durante toda a noite, o chinês é muito na dele: todos ficam na sua mesinha, com seu grupo de amigos e ninguém dança… Eles nem mesmo interagem com as mesas vizinhas.

Como eu sou brasileiro e amundiçado, depois do "apagão" dos chineses da minha mesa, me desloquei para a mesa vizinha e me ofereci pra jogar com a outra "txurma" - que me recebeu de braços abertos fazendo questão encher meu copo com a própria birita todas as vezes que perdi (nesse caso foram muitas vezes, porque eu já tava lixo).

Depois de tudo isso, os chineses da minha mesa acordam como a fênix ressurgida das cinzas e me chamam para jogar denovo… "- Nam! Assim não vale, não! Vocês já dormiram e ficaram bons!"

Finalizando: a pesar das enormes diferenças culturais, as festas aqui me parecem beeeem divertidas… E ainda rolam umas atrações cabulosas - no dia 1o de maio vai ter festa no mesmo lugar com o Paul Oakenfold como DJ!

domingo, 28 de abril de 2013

Laranjadas: ATMs Famintos (#1)

ATMs famintos

Sempre gostei dos caixas eletrônicos de bancos.
São extremamente práticos e permitem que você resolva boa parte de seus problemas bancários sem precisar se deslocar até sua agência e esperar horas por algum funcionário.

… Sempre, até então:

Desde que saí do Brasil tive meus cartões engolidos por ATMs 3 vezes. Sério, 3x.
A primeira foi em Dubai: queria justamente "testar" meu cartão Visa Travel Money feito no Banco do Brasil. Fui até o caixa automático para fazer um saque. Inseri meu cartão como mandavam as instruções na tela e aguardei - por 45 minutos.
Pedi ajuda a diversas pessoas que só "davam com os ombros": te vira, peru!
Liguei pra casa, lamentei, esbravejei e solicitei emissão de um novo cartão que chegou em aproximadamente duas semanas, trazido pessoalmente pelo chefe.

A segunda foi logo a seguir, já em Foshan: novo "teste" do cartão. Inseri o cartão na máquina e aguardei por uns 15 minutos até que a tela mudasse com a mensagem de: ATM Out Of Order. Dessa vez, me desloquei até o Banco dono do ATM e obtive meu cartão de volta… Só para ter o prazer de destruí-lo materializando minha raiva, ódio e crueldade. Foi legal.

Depois dessa dupla laranjada sem gelo nem açúcar, solicitei um cartão VTM da Sol Corretora. Esse foi show! Funcionou que foi uma beleza. Até ontem… 

Me deslocava até um ponto de venda para adquirir passagens de Ferry Boat para Hong Kong, auxiliando alguns amigos que estavam com um cronograma apertado e temiam não fazê-lo a tempo. Compradas as passagens, volto ao seu encontro e resolvo parar num caixa automático para efetuar um novo saque.

Cartão na máquina > Inglês > Saque > Conta corrente > Valor > Senha.
Dinheiro sai no buraquinho. Conferência do valor. Cartão NÃO VOLTA.
Felizmente, esse ATM ficava na porta de uma agência.

Liguei para minha colega chinesa e pedi que explicasse para uma das funcionárias chinesas o que ocorreu. A mulher levou uma hora e quarenta e cinco minutos para efetuar os seguintes protocolos:

  1. Solicitar que eu apresentasse meu passaporte. Não sei nem porque. Eu estou dizendo que meu cartão ficou preso na máquina. É só ela abrir a máquina e me dar meu cartão.
  2. Aguardar que uma outra funcionária a acompanhasse até a máquina para abrir e retirar cartões presos. Havia mais um além do meu - logicamente, só um deles era internacional com bandeira VISA e tinha meu NOME COMPLETO.
  3. Haviam dois caixas funcionando e dois fechados - todos eles com vidros à prova de balas. Ao invés de abrirem um dos caixas só para me entregar o cartão, me pediram que aguardasse na fila até que um dos caixas ficasse livre.
  4. Preencher uma planilha (manualmente, não era no excel).
  5. Conferir a minha assinatura no cartão, que é na verdade uma rubrica - diferentemente do meu passaporte.
  6. Conferir meu nome no passaporte com meu nome no cartão (aqui os cartões não tem qualquer identificação do proprietário, exceto pela assinatura).
  7. Olhar minha foto do passaporte.
  8. Pedir que eu assinasse a tal planilha.
  9. Preencher o número do meu passaporte na planilha (por que diabos não fez isso no passo 4?).
  10. Me devolver o cartão.

Enquanto isso ocorria, eu batia no vidro à prova de balas e dizia no mais claro inglês e gesticulava: "-Minha senhora, esse é o MEU cartão"; "-Me devolva!"; "-Essa burocracia não faz sentido."; "-Foi SUA máquina que engoliu MEU cartão, você ainda me faz esperar mais de uma hora?!". Isso não fez com que ela agilizasse o serviço.

A partir da próxima semana vou começar a me comunicar do jeito que o mudo e a muda fazem amor:
"-Aí-uiuuiuoiu !!!"

sábado, 20 de abril de 2013

Terremoto na China

Ocorreu hoje - aproximadamente ao meio-dia (horário local) - um forte abalo sísmico na China, mais precisamente na província de Sichuan.
Segundo os noticiários que tenho acompanhando, calcula-se que tenha atingido os 7 graus na escala Richter.

Houve muita destruição, muitos mortos, feridos e desabrigados. Todavia, pelo que tenho acompanhado, já há várias equipes de resgate e assistência na região.

Cenas de resgates e de cameras de segurança mostrando o exato momento do terremoto inundam a TV nesse momento.

Obrigado aos que se preocuparam comigo: estou bem longe do epicentro. Não houve qualquer dano colateral na província onde resido que fica beeem distante (a sudeste) da região afetada.

Infelizmente, só me cabe torcer pelos que escaparam - tomara que fiquem bem.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Sol phera, paçei!

Foshan. Terça-feira, 16 de abril de 2013.
Temperatura na casa dos 26ºC
Tempo nublado
Níveis de poluição e radiação em 13 na escala Chernobyl

Prezados, bom dia - boa tarde - boa noite… Tanto faz.
Amanhã vou dar um pulo na Canton Fair. Acabei ficando um pouco preocupado com meu visual, porque virei motivo de piada em conferência via skype com os amigos ontem. Nesse ensejo, resolvi me deslocar até um salão (imagina a dificuldade achar um bom barbeiro aqui), para dar um trato na juba.

Fui gentilmente recepcionado por uma galera de visual estranhamente fashion (moicanos e topetes pintados em tons de azul, violeta ou laranja), mas no interior do recinto encontravam-se gentis senhoritas de visual mais "ameno".

Gesticulei o que queria fazer e fui gentilmente tangido até o primeiro andar onde haviam algumas camas com pias de lavar cabelos: lá já se encontrava um senhor que tinha suas escassos cabelos lavados por uma mocinha. Fui instruído a me deitar e tive os cabelos lavados e praticamente o corpo inteiro massageado, além dos ouvidos limpos.

 Esse negócio dos ouvidos merece um parágrafo à parte. Essa parte foi de longe a mais esquisita: a mulher tacou água lá dentro do buraquinho do ouvido e removeu (nos dois lados). Em seguida, introduziu o que acredito que seja um cotonete - porque não ví - na minha orelha esquerda e o girou freneticamente. Me senti violado no meu âmago, sério mesmo… Achou que ela deu uma cutucada na minha alma. O procedimento foi repetido no ouvido direito: violação, giro, giro, giro, cutucada na alma. Definitivamente, não me sinto confortável com outra pessoa limpando meus ouvidos. Pronto, desabafei.

A massagem foi sensacional, tive os cabelos lavados, esfregados, acariciados, massageados e secos. Ainda rolou massagem nas costas, braços, e pernas - tudo isso sem tirar a roupa, seus maldosos.

Show de bola. Massagem finalizada, vamos ao corte.



Na verdade, eu queria uma "aparadinha". Eis que o animal pelou as laterais da cabeça e me deixou com um tufo em cima. Fiquei parecendo uma cacatua.
Sem problemas, executa-se o Plano B: Dá uma aparada com máquina. O desgraçado me deixou com o cabelo igual o do Ronaldo na copa da França. Último recurso: pela-se tudo.

Tá aí o resultado.



O animal ainda me mostrou um senhor gordo na cadeira ao lado que tinha "sofrido" o corte que ele tentara aplicar inicialmente em mim. Meu amigo, eu não sou chinês. Meu cabelo não é igual ao de um chinês. É pouco provável que o mesmo corte funcione pra mim.

Essa é uma das minhas maiores frustrações aqui: os chineses executam muito bem algumas funções por repetí-las exaustivamente. Se você solicita qualquer diferenciação o cérebro deles dá tilt.

O negócio é tão sério que uma vez pedi para tirar um tipo de bacon de um prato com vários tipos de carne, num restaurante. Tirou-se T0DAS AS CARNES. Antes disso, todavia, toda a equipe de funcionários se deslocou até a minha mesa numa desesperada tentativa de entender aquela solicitação tão esdrúxula: "Como assim, tirar o bacon?!". Tenho certeza que até hoje, quando passo lá perto, a equipe do restaurante grita: lá vem o menino do bacon!

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Questões relativas à segurança


Primeiramente, gostaria de me desculpar pela demora nos posts. Fiquem calmos que, com certeza, eles chegarão com frequência semanal.
Tive que me deslocar para uma cidade "vizinha" essa semana para me encontrar com parceiros comerciais… Andei até de trem bala, foi show! :D

Quanto à questão da segurança, aqui acontece o mesmo que em qualquer outro lugar do mundo: geralmente, quem se mete em confusão é quem procura o que não presta.

Se você está vindo à China em busca de prostitutas, drogas, armas ou qualquer outra coisa ilícita ou moralmente reprovável… Você é um sério candidato a tomar um cano gigante, por motivos óbvios - você conseguiria explicar que "Nariz de porco não é tomada" ou que "Boi deitado não é vaca" em Mandarim?

Eu também não. Por isso não me meto com nada disso.

Para um pacato cidadão, a sensação de segurança é inevitável pelos motivos abaixo:
  1. Aqui o porte de armas é terminantemente proibido. Somente militares e pessoas responsáveis por transporte de valores (EM SERVIÇO, nos dois casos) portam armas. Não lembro de ter visto policiais armados;
  2. Os locais por onde costumo transitar são sempre muito movimentados, são corredores comerciais.
  3. Ladrões não são muito queridos por aqui (diferentemente de Brasília). Se alguém tiver a menor oportunidade de pegar algum, vai descer-lhe o sarrafo!
Ainda assim, numa série de outros contextos há uma grande sensação de segurança.
Já andei em lugares semi-desertos à noite, sozinho, sem qualquer problema.
Estou começando a achar, inclusive, que os chineses têm mais medo de mim do que eu deles! Possivelmente, isso se deve à minha estatura (um pouco elevada nos padrões chineses - mas também tem chinês alto, dentre eles o Yao Ming) e ao meu outfit mais comum: botas de maníaco (uso umas Timberland de operário de construção, pra poder pisar nas poças - bem comuns com esse clima daqui - sem molhar os pés) e moletom com capuz levantado, quando não estou trabalhando.

Um dos meus colegas chineses disse que um de seus clientes já foi assaltado por um cara com faca e reagiu, sofrendo cortes nos braços. De qualquer maneira, tirando esse caso, nunca ouvi falar de qualquer assalto a gringo.

Os locais costumam colocar as mochilas e outros pertences nos porta-malas dos carros, alegando que tem gente que quebra as janelas para roubar coisas no interior do veículo. Também só me parece boato, nunca vi um caso concreto.

Para se ter uma idéia de como as coisas são aqui (na verdade, em Hong Kong), já peguei um metrô na hora do Rush, saindo de uma Apple Store até um hotel com uma sacola transparente com logotipo da Apple recheada de um MacBook Pro nas costas - sem despertar qualquer olhar de cobiça.
É, nenhum. Nem um flerte de leve. :~

Apesar de tudo isso, ainda mantenho alguns costumes de brasileiro… Dentre eles, mudar a carteira do bolso traseiro para o dianteiro em locais muito tumultuados.
Sabe como é, né?! Seguro morreu de velho... E desconfiado é vivo até hoje! ;)

sábado, 6 de abril de 2013

Dia … Ñ sei muito bem, acho que perdi as contas.


Hoje tive o primeiro dia de sol aqui em Foshan. Dava pra ver alguma coisa mais pra azul do que pra cinza no céu. Foi show! Até consegui distinguir as nuvens!

Deu até pra ver uns prédios que ficam a uns 3, talvez até 5km de distância do apartamento. Até então, só via uma névoa naquela área.

Todavia, alegria de pobre dura pouco - de Chinês dura menos ainda: o dia só ficou "limpo" por algumas horas. No início da tarde a névoa cinza retornou e já não era possível distinguir nuvens ou visualizar qualquer azul no céu.

Mesmo com o dia bonito, o vento estava muito gelado. Sair de casa só de casaco.

Hoje foi um dia de descobertas: aproveitei para conhecer um restaurante Espanhol chamado Sabor de Azahar. O dono é um espanhol, de fato. Até gastei um pouco do meu portuingnhol (português + inglês + espanhol).

A comida estava nota 10: ganhei umas tapas 0800 (não, o cara não me bateu! É assim que se chama uma entradinha de pães que eles costumam servir), bebi uma duas Estrella Galicias e me deliciei com uma Paella sensacional. Rolaram também uns "torrones" de sobremesa.


Pra curtir o banzo, passei um tempo no Jihua Park (quando descobrir os caracteres apropriados em mandarim, disponibilizo aqui) vendo o pessoal tentando soltar pipa. As pipas deles são bem diferentes: maiores e mais ousadas em termos de design - em compensação são bem menos "manobráveis" que as nossas.

No próximo post falarei da segurança/violência.

Por favor, deixem comentários aqui abaixo. Eles são muito importantes para mim :)

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Dia #30


Depois desse tempo aqui, ouso dizer que a minha maior dificuldade tem sido a língua. Certamente, terei outras broncas maiores pela frente - mas nesse exato momento o problema da comunicação tem sido um atraso no minha vida.

Aqui na província de Guangdong a língua materna é o Cantonês. Todavia, o idioma oficial da China é o Mandarim - ensinado nas escolas e universidades.

Bom, optei por aprender Mandarim por seu o idioma mais falado.
Show… Mas... E aí?
Até agora só consegui dar uma rápida olhada no livemocha.com, que me garantiu só "oi", "obrigado" e "tchau" - não sei nem dizer "por favor", imagine "desculpe"... Estou me virando na brutalidade, mesmo!

Tento absorver alguma coisa que eles falam nos restaurantes ou na rua, mas não sei nem que idioma é… O negócio é complicado.

Os caracteres, então… Lembro de ler, não sei onde, que o Mandarim tem algo em torno de 30 mil caracteres - mas sabendo algo em torno de 4-5 mil você já lê o Jornal de boa. 
Parece fácil, mas começa a complicar: o som do caractere é escrito em "Pinyin", ou seja, nossas letrinhas; quando você lê algo escrito em Pinyin pra eles, é impossível acertar a pronúncia - eles acabam sem entender nada - é bem frustrante. Quer um exemplo? 

Em português, "entrada"; Em mandarim: "入口"; Em Pinyin: "Ru Kou" (pronuncie do jeito que você imaginou). Agora escute só a maneira certa de dizer, clicando aqui.
Sentiu o drama?

Ainda piora, vejam o vídeo abaixo recomendado por minha amiga Gabi que, por coincidência, também está na China:



Sidney, seu mobral, porque você não procura um curso?
Bom, estou tentando fazer isso. O problema é que aqui (em Foshan) só tem cursos de inglês para chineses, eles nunca tem turmas de chinês para gringos :T
Possivelmente devido à maior parte dos gringos que se encontram por aqui estar meramente de passagem, fechando negócios.

Agora vamos a um exemplo prático da barreira na comunicação: estou interessado em comprar uma bicicleta para me deslocar de casa até à minha futura academia (só vou malhar depois que comprar essa bike!) e depois fazer o caminho contrário. Diariamente.

Estou querendo dar uma olhada numa Merida Matts TFS 900, ou algo parecido. Simples, é só ir até a loja, apontar para a bicicleta, entregar a calculadora pro cara colocar o preço, pagar e voltar pedalando. Só que não.
Pra chegar na loja, preciso saber onde ela fica. Aí está o "X" da questão: como diabos descubro isso?
a) Olho no google?! Péeee - resposta errada!
b) Uso um site de busca chinês, tipo o taobao.com?! Clica no link aí pra você ver…

Por enquanto estou me virando com "babás" chinesas, que me levam pros lugares e falam por mim. Mas em alguns momentos mágicos (como a compra de uma bicicleta), não queria precisar da ajuda/boa vontade de mais ninguém :T

A parada aqui é tensa, mas é show de bola!

segunda-feira, 1 de abril de 2013

...Mamilos!


… Mamilos são sempre muito polêmicos.

Isso fica a uns 200 metros do escritório onde trabalho. Infelizmente não tenho vista direta para esta obra de arte.. É uma pena, porque achei de muito bom gosto - embora suspeite que quem fez tenha visto poucos peitos na vida. Em termos de erotismo, os chineses me parecem bem inocentes: seria um reflexo do bloqueio a certos domínios de internet?
Na verdade, eu não lembro de ter visto um casalzinho que seja se beijando por aqui - só ví isso acontecendo lá por Hong Kong. Sinceramente, acredito que isso se deva mais à própria cultura que a qualquer instrumento coercitivo estatal.
Então pra quem acha que o governo aqui é muito restritivo, fica essa imagem para meditar. Hahahahaha.


Tentativa de delícia #1


Bom, antes de falar de comida apresento pra vocês um "tutorial" sobre boas maneiras à mesa (pelo menos nos moldes chineses). Para não ficar falando/descrevendo, estou linkando aqui um vídeo do YouTube. Ele vem de um canal que me ensinou a maior parte do que sei sobre os costumes chineses:


Agora vamos ao tópico principal: comida na China.
  1. Da apresentação dos pratos - As porções são relativamente pequenas. O interessante é que todas as mesas tem aquela parte central giratória, para que todos possam se servir de qualquer prato. O que você pede não é exclusivamente seu - fica à disposição dos demais. Fique à vontade para provar o que quer que esteja na mesa. Obs: Se você não gostou de alguma coisa, deixe no prato; Se você devorar muito rápido, eles vão achar que você gostou e te servir mais!
  2. Das quantidades - A galera curte banquete aqui. Pedem muita comida - tanto em termos de variedade de pratos quanto em quantidade da porção. Geralmente, um banquete show de bola tem mais de 10 pratos diferentes na mesa.
  3. Dos pratos - Essa é sem dúvida a parte mais tensa. Vejam a situação: o camarada te convida para desfrutar de iguarias da região dele; ele pede quantidades cabulosas de comida; pede que você prove antes de qualquer outra pessoa na mesa; olha o tempo todo na sua cara pra ver sua reação. As iguarias são: pé de galinha ao molho mais escroto que você possa imaginar, espetinho de pardal, uma danada de uma sopa de flor de lótus com o que imagino que seja carne porco - sem gosto de nada - e a parte mais doidera: chega na mesa uma sopa de osso de boi onde ele cozinha um a um e coloca no seu prato os seguintes ingredientes (respectivamente): cabeça de peixe, bucho de boi, tripa de ganso e mais uma "ruma" de coisas que nem ouso perguntar o que eram. A boa notícia esse que ao pensar nesses troços, você imagina um gosto horrível - mas é bem tranquilo de comer. Não é gostoso o suficiente pra querer repetir. Mas dá pra comer na paz de Jah Rastafari. Eu só me flagro pensando no seguinte: o desgraçado desse peixe tem que ter um corpo; se eu estou comendo a cabeça, tem alguém comendo o filé! A mesma coisa com a galinha: se eu tô comendo o pé, tem alguém que está comendo coxa e peito! Eu adoraria saber quem é esse sacana e como ele faz pra conseguir essas partes.
Abaixo, algumas fotos das tentativas de delícia que comi até o momento.










E, para finalizar, o programa que inspirou a criação desta coluna:

Eu comi pombo aqui. Infelizmente ele não foi preparado com o mesmo requinte do Awey de Petrópolis.

:)

domingo, 31 de março de 2013

Dica de viagem #1 - Kit de Sobrevivência


A China tem uma série de peculiaridades. Eu gosto de estar sempre preparado..
Apresento-lhes em primeira mão meu kit de sobrevivência com selo de aprovação do MacGyver:
  1. Mochila - o jeito mais prático de carregar coisas. Além de ser anatomicamente amigável, te permite ter sempre as mãos livres.
  2. Passaporte
  3. Canivete - o fato de carregar sempre um canivete já me tornou alvo de piadas diversas vezes… Até o momento que aparece uma embalagem impossível de abrir, folga algum parafuso daquele gadget caríssimo do piadista ou alguém precisa tratar um peixe, ou serrar uma árvore, ou construir um barco quer abrir um vinho ou cerveja. Objetos cortantes não são permitidos na bagagem de mão em vôos comerciais, lembre-se de despachar o seu separadamente antes de embarcar.
  4. Calculadora - Aqui ninguém fala inglês. Esse é o melhor jeito de ficar sabendo quanto as coisas custam e até de pedir descontos.
  5.  Lenços de papel - Vou tocar nesse assunto em algum outro post mas, resumindo, aqui na China os banheiros públicos não costumam disponibilizar papel higiênico, então é bom ir sempre se garantindo.
  6. Cartões de visitas - Além de não falar inglês, a galera daqui também não lê a língua dos lords. Tenha sempre cartões de visitas com endereço do lugar onde você está hospedado e pra onde você quer ir - em chinês! Também é costume local trocar cartões de visita no primeiro encontro*.
  7. Uma boa dose de bom-humor e respeito - às vezes as coisas dão errado. Pirar o cabeção não vai te ajudar a resolver a situação. Tenha calma e fé em Jah Rastafari que tudo termina bem (na maioria das vezes).
*Há toda uma etiqueta neste sentido. O cartão deve sempre ser entregue/recebido com as duas mãos; Ele deve ser entregue de modo que o conteúdo esteja posicionado de uma maneira que quem recebe consiga lê-lo; Após receber o cartão, mantenha-o em local visível e acessível enquanto estiver com quem o entregou - somente o guarde quando você e/ou o dono do cartão for embora.